segunda-feira, 12 de abril de 2010

Governo insatisfeito com qualidade do serviço das operadoras de telemóvel

O Instituto Nacional de Comunicações de Moçambique (INCM) classificou hoje “abaixo do nível desejado” a qualidade dos serviços prestados pelas duas empresas de telefonia móvel que operam no país, anunciando a introdução de novos padrões de qualidade.


Segundo o director executivo do INCM, Américo Muchanga, a recorrente impossibilidade de falar por telefone móvel em Moçambique é um exemplo da baixa qualidade dos serviços prestados pelas duas operadoras que exercem a actividade no país.

Para Américo Muchanga, a infraestrutura que a mCel, operadora do Estado, e a Vodacom, firma privada de capitais sul-africanos, montaram é insuficiente para atender ao intenso tráfego nas comunicações por telemóvel que o país regista actualmente.

“As operadoras planearam a sua infraestrutura para um certo número de clientes, mas o mercado suplantou a capacidade dessa infraestrutura. Várias vezes tentámos fazer um telefonema e não conseguimos”, sublinhou o director executivo do INCM.

“Isto é sinal de que as operadoras têm capacidade insuficiente para o número de utentes de telemóvel”, acrescentou Américo Muchanga.

Para reverter a situação, disse Américo Muchanga, o INCM vai propor ao Conselho de Ministros que obrigue as empresas de telefonia móvel a respeitar novos padrões de qualidade e a modernizar a sua infraestrutura, já a partir de Junho.

“As novas exigências deverão ser respeitadas num prazo de 180 dias, após a sua aprovação pelo Conselho de Ministros, de modo a que as operadoras prestem serviços de maior qualidade”, sublinhou Américo Muchanga.

Esta semana, o Governo lançou um concurso para a selecção de um terceiro operador de telefonia móvel, que poderá entrar em actividade a partir de Outubro de 2011.

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