sexta-feira, 8 de abril de 2011

ONU diz que situação na Costa do Marfim é "alarmante"

A situação humanitária na capital financeira da Costa do Marfim, Abidjã, é "alarmante", com um grande número de corpos pelas ruas, bairros inteiros sem água e eletricidade e com escassez de alimentos, advertiu a ONU nesta sexta-feira.
No oeste do país, a situação não é melhor, e o porta-voz da alta comissária da ONU para os Direitos Humanos, Rupert Colville, confirmou hoje que foram encontrados os corpos de 244 marfinenses da etnia guere na cidade de Duekoué.
Os mortos apoiavam o ex-presidente Laurent Gbabgo e teriam sido assassinados durante os dias 28 e 29 de março, quando as forças do presidente eleito, Alassane Ouattara, tomaram o controle dessa cidade, disse o porta-voz.
Emmanuel Ekra/AP

Soldados franceses retiram pessoas de hotel em Abdijã; ONU diz que situação é alarmante
Os cem corpos foram descobertos nas últimas 24 horas, o que eleva o número total para 244 vítimas, acrescentou Colville, dizendo que algumas destas pessoas teriam sido queimadas vivas.
"Abidjã, com 5 milhões de habitantes, está ameaçada pela falta de produtos para o tratamento de água, o que poderia levar a que no próximo domingo falte água potável", disse, por sua vez, Elizabeth Byrs, porta-voz do Escritório de ajuda humanitária da ONU (Ocha).
Ela acrescentou que "muitos hospitais e clínicas simplesmente pararam suas atividades, e os que não fecharam, não têm médicos suficientes, remédios nem outros materiais básicos". Byrs disse que a assistência humanitária em Abidjan é mínima devido à falta de acesso e ao perigo.
Por sua vez, o porta-voz da Organização Internacional das Migrações (OIM), Jean-Philippe Chauzy, assinalou que não se tem notícias de cerca de 3.000 imigrantes malinenses, entre eles muitas mulheres e crianças, que estavam há duas semanas refugiados no porão da embaixada de Mali, sem água nem eletricidade.
Algumas informações do começo desta semana tinham indicado que muitos destes imigrantes tinham sido feridos por balas ou por golpes de facão em ataques realizados por homens armados partidários de Gbabgo.
A OIM diz também estar preocupada com o destino de cerca de 450 mauritanos que se refugiaram em sua embaixada em Abidjã.

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

ÁLCOOL MATA MAIS DO QUE VIOLÊNCIA, SIDA (HIV) E TUBERCULOSE ESTUDO MOSTRA QUE ÁLCOOL FAZ MAIS DE 2 MILHÕES DE VÍTIMA POR ANO NO MUNDO

Quem pensa que a violência ou até mesmo doenças graves como SIDA (HIV) e Tuberculose são as grandes responsáveis pelas mortes no mundo está enganado. Um relatório da Organização Mundial de Saúde (OMS) revelou que quase 4% de todas as mortes no mundo são atribuídas ao álcool. O estudo mostrou que Violência, Sida (HIV) e Tuberculose não matam tanto como o álcool. A entidade lembrou que o álcool é associado com muitas questões sociais sérias, como violência negligência infantil e abusos, além de faltas ao trabalho.
O relatório afirma que o uso abusivo de álcool provoca 2,5 milhões de mortes todos os anos. No grupo com idades entres 25 e 39 anos, 320 mil pessoas morrem por problemas relacionados ao álcool, resultando em 9% das mortes nessa fixa etária.

Por: Leonildo Costa
Estudante de comunicação social em Brasil

Exportações cabo-verdianas aumentaram 33,1 por cento em 2010

Praia - As exportações cabo-verdianas aumentaram 33,1 por cento em 2010, mas não conseguiram impedir a subida do défice da balança comercial que ascendeu 8,7 por cento. A Espanha continua a ser o principal cliente dos produtos cabo-verdianos, enquanto Portugal mantém-se no topo da lista dos mercados de importação.

Os dados do Instituto Nacional de Estatísticas (INE) indicam que a Europa continua a ser o principal mercado dos produtos cabo-verdianos, representando 94,1 por cento do total das exportações. A Espanha compra 68,3 por cento dos produtos cabo-verdianos de exportação, seguido de Portugal com 24,9 por cento.

De referir que enquanto as exportações para a Espanha tiveram uma variação positiva de cerca de 64,2 por cento comparativamente a 2009, para Portugal representou uma queda de 13,3 por cento.

Os produtos mais exportados no ano passado foram peixes, moluscos e crustáceos (40,6 por cento do total), seguidos das conservas, com 39 por cento do total.

Por seu turno, as importações registaram um aumento de 10 por cento face ao ano de 2009 e, à semelhança das exportações, o continente europeu continua a ser o principal fornecedor de Cabo Verde, com 79,1 por cento do total registado em 2010.

Portugal consolidou a sua liderança entre os fornecedores do arquipélago, com 45 por cento do total das importações cabo-verdianas, seguido dos Países Baixos com 13 por cento.