quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Ligação de fibra óptica entre Reino Unido e África do Sul chega a Cabo Verde - 9-Nov-2010 - 20:43

Um ano após a adesão ao projecto West African Cable System (WACS), chegou hoje a Cabo Verde a ligação que entrará em pleno funcionamento em Junho de 2011, entre Londres a Yzerfontein (África do Sul).


O WACS (Sistema de Cabo Oeste Africano, em português) é de fibra óptica e liga o continente africano ao europeu, passando por Portugal e com uma ramificação para Cabo Verde, em que a principal empresa de telecomunicações, a CV Telecom, participada pela Portugal Telecom, investiu 25 milhões de dólares (17,85 milhões de euros).

O investimento, disse à Agência Lusa fonte da empresa, visa satisfazer o elevado crescimento do tráfego na Internet em Cabo Verde, ao mesmo tempo que garante a redundância dos sistemas existentes e melhora a conectividade entre a África e a Europa.

O cabo foi estendido ao longo de 14 530 quilómetros entre Londres e a Yzerfontein, próximo da Cidade do Cabo, com derivações a Portugal (estação terminal no Seixal), Canárias, Cabo Verde, Costa do Marfim, Gana, Togo, Benim, Nigéria, Camarões, Congo, RDCongo, Angola (Luanda), Namíbia e África do Sul.

Construído pela Alcatel Lucent, contando com a tecnologia "DWDM" - Multiplexagem por Divisão de Comprimento de Onda Densa -, o cabo tem quatro "pares fibras", uma capacidade inicial de 400 a 500 gigabits por segundo e orçou, na sua totalidade, 650 milhões de dólares (464,3 milhões de euros).

Segundo a fonte da CV Telecom, a empresa já concretizou todos os trabalhos para a recepção e alojamento do cabo, concluindo-se uma das mais importantes etapas do projecto com capacidade e qualidade para sustentar as necessidades e exigências de banda larga.

Cabo Verde conta desde 2000 com a operação do cabo de fibra óptica incluído no projecto ATLANTIS 2, que, segundo disse a fonte à Lusa, se constatou ser insuficiente, surgindo a necessidade de reforçar a rede.

Os dados divulgados em Agosto pela Agência Nacional de Comunicações (ANAC) cabo-verdiana indicam que o telefone móvel tem uma taxa de penetração de 71% (cerca de 380 mil clientes) e a Internet aumentou 67% no primeiro semestre deste ano (cerca de 30 mil utilizadores).

Em Setembro, numa entrevista à Lusa, o administrador da empresa cabo-verdiana, Humberto Bettencourt dos Santos, numa antecipação à chegada do WACS a Cabo Verde, lembrou que o plano de investimentos da empresa em 2010 ascende a 30 milhões de euros, permitindo melhorar a qualidade das telecomunicações no país.

A partir de 2011, acrescentou, Cabo Verde terá mais de 1500 quilómetros de fibra óptica, assente em moderna tecnologia IP e com ligações inter-ilhas, "uma rede de primeira classe", permitindo a banda larga em todas as ilhas, melhorando a "muito deficiente" rede fora da de Santiago.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

SÃO TOME E PRÍNCIPE ocupa 127ª posição entre 169 países no IDH 2010 Relatório aponta educação de baixa qualidade como principal problema. A partir de

O relatório do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) para 2010, divulgado nesta quinta-feira (4), mostra o S.tomé e Príncipe na 127ª posição entre 169 países. Os cinco primeiros colocados são, pela ordem, Noruega, Austrália Nova Zelândia, Estados Unidos e Irlanda. O cinco últimos são Zimbábue, República Democrática do Congo, Níger, Mali e Burkina Faso.
De acordo com o economista Flávio Comim, do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), no novo IDH “São. Tomé e Príncipe continuam na sua trajetória, que é uma trajetória muito harmônica, ou seja, o IDH são-tomense vem crescendo igualmente nas duas dimensões [saúde e educação] enquanto a renda familiar (salário) ainda esta muito mal".
De acordo com o relatório, 80,5% dos são-tomenses são pobres e "sofrem privação" em saúde, educação e renda. Destes, o principal item, segundo o relatório, é a educação. "O que mais pesa na pobreza é a educação. O novo IDH mostra que é necessário dar mais importância à educação em São Tomé e Príncipe", disse Comim.
Educação
Segundo Comim, o novo IDH é mais exigente quando se trata de educação. "Foram introduzidas novas variáveis, uma nova fórmula de cálculo, e, dentro dessa nova fórmula, um padrão mais alto sobre o sistema educacional e a qualidade desse sistema", explicou o economista.
"Então, não basta mais colocar as crianças e os jovens na escola. Agora, eles têm que estar na série adequada, na série que se espera que eles estejam para que você consiga dar a eles uma oportunidade igual", disse Comim. Segundo ele, "o desafio para o S.tomé e Príncipe evoluir ficou maior".


Por :LEONILDO COSTA ALUNO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL EM UFRJ( BRASIL)