quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Cabo Verde Cabo Verde é o país africano com mais emigrantes licenciados - 29-Sep-2010 - 17:47

Cabo Verde é o país africano com mais emigrantes licenciados, concluiu um relatório científico apresentado na Comissão Europeia (CE) e no Parlamento Europeu (PE), em Bruxelas.


O “Livro Branco” foi elaborado por 250 universidades de todo mundo, e é, segundo os investigadores, citados pela Rádio Nacional de Cabo Verde (RCV), um estudo que analisou a saída de quadros de África para Europa e de que forma os países podem travar a fuga de conhecimento.

O estudo mostrou que 43 por cento dos diplomados africanos emigram para a Europa, 31 por cento para os Estados Unidos da América, 12 por cento para Canadá e 12,8 para Austrália.

Dez países africanos têm mais 40 por cento dos seus cérebros no estrangeiro e Cabo Verde ocupa a primeira posição, com 67 por cento da população licenciada fora do país, seguido da Gâmbia e de Serra Leoa.

Muitos partiram para ganhar mais dinheiro, outros para mestrados e doutoramentos, tendo a maioria deles permanecido nos países de destino.

A Europa é o continente com maior presença de médicos, engenheiros, gestores e outro tipo de licenciaturas, representando cerca de 60 por cento do total.

O documento mostra ainda que, entre 1990 e 2000, a emigração dos quadros superiores da África Ocidental para os países desenvolvidos aumentou 123 por cento contra 53 por cento dos não qualificados.

O baixo salário e a falta de meios de trabalho são os motivos que impedem África de reter os seus investigadores e quadros e de ter recursos humanos que consigam competir com as economias mais potentes, refere-se no documento.

O relatório foi apresentado numa altura em que a migração volta ao debate europeu e visa também alertar os países da União Europeia (UE) que a imigração proveniente da África tem também quadros qualificados.




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segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Cabo Verde lidera competitividade entre os países lusófonos de África - 12-Sep-2010 - 19:02 Segundo o Fórum Económico Mundial, Angola está na penúlt

Cabo Verde entrou directamente para a 117ª posição no Ranking de Competitividade 2010/11, uma avaliação feita pela primeira vez ao arquipélago pelo Fórum Económico Mundial (FEM), que, globalmente, considera o desempenho cabo-verdiano “positivo”. No “ranking”, surgem também Portugal, na 46ª posição, com 4,38 pontos (desceu três lugares em relação ao índice 2009/10), Brasil, na 58ª, com 4,28 pontos (desceu dois), Moçambique, na 131ª com 3,32 pontos, (desceu dois) e Angola, que surge pela primeira vez no índice, na 138ª e penúltima posição, com 2,93 pontos.


Os restantes países de língua portuguesa - Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste - não foram analisados.

Segundo o documento, Cabo Verde foi positivamente avaliado nos requisitos básicos de competitividade, mas foi penalizado devido à fraca performance dos factores geradores de eficiência, onde ocupa o 129º lugar.

Segundo Franz Tavares, director executivo da Inove Research, uma das empresas que promoveu a entrada do país para o “ranking” dos avaliados, pesaram na avaliação da variável a ineficiência dos mercados laboral e de bens, bem como o incipiente Ensino Superior e a reduzida dimensão do mercado nacional.

No entanto, o arquipélago foi avaliado de forma positiva nos requisitos básicos de competitividade, considerado o factor mais relevante na avaliação de países em desenvolvimento.

Com uma pontuação de 4,13 pontos, Cabo Verde ocupa o 96.º lugar, resultado da avaliação “muito positiva” das instituições públicas (56º na saúde e 89º na educação primária) e de uma outra, “pouco favorável” das infraestruturas, disse Franz Tavares.

No indicador Inovação, Cabo Verde ocupa o 117º lugar, enquanto no de Sofisticação de Negócio desce para o 128º.

Segundo Franz Tavares, entre os 31 países da África Subsaariana avaliados pelo Fórum Económico Mundial, Cabo Verde encontra-se a meio da tabela, 15º lugar.

O “ranking” geral é liderado pela Suíça, seguido da Suécia e de Singapura. Os Estados Unidos da América caíram dois lugares, passando a ocupar a 4ª posição.

O Relatório Global de Competitividade elaborado pelo Fórum Económico Mundial é, segundo Franz Tavares, reconhecido mundialmente como a referência de medidas de comparação e de factores que afectam a competitividade e o crescimento dos países.

Divulgado pela primeira vez em 1979, o relatório oferece a mais profunda avaliação da competitividade de mais de 130 países desenvolvidos e emergentes.

Os objectivos passam por fornecer um instrumento único de “benchmarking” para as empresas no desenvolvimento de estratégias e na tomada de decisões de investimento e aos Governos na identificação de obstáculos ao crescimento económico e de medidas de política económica.